A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, está acompanhando de forma contínua a situação da assistência ortopédica no Estado, diante das dificuldades relatadas por usuários do sistema de saúde. Nesta semana, o defensor público Ricardo Antunes Melro recebeu o presidente do Conselho Estadual de Saúde de Alagoas (CES/AL), Maurício Sarmento, para discutir medidas diante do cenário considerado urgente.
Atualmente, o Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe, é a principal referência em ortopedia. Entretanto, municípios têm apontado entraves no acesso ao sistema de regulação, além do elevado custo social e financeiro com deslocamentos. Em muitos casos, pacientes acabam arcando com despesas particulares para conseguir atendimento.
Outro ponto de preocupação é o impacto gerado quando o Hospital da Mulher precisou disponibilizar leitos para cirurgias ortopédicas de urgência, o que levou à suspensão de outros procedimentos essenciais, como os oncológicos e obstétricos.
Entre as propostas discutidas, destacam-se a criação de um Plano Estadual de Ortopedia, com definição de linha de cuidado, transparência e fiscalização social, além da possibilidade de realização de um mutirão ortopédico, semelhante ao ocorrido há cerca de 12 anos. O Conselho ressalta, no entanto, que medidas emergenciais só terão efetividade se acompanhadas de planejamento e monitoramento contínuo.
A Defensoria Pública solicitará respostas imediatas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) quanto aos questionamentos já apresentados, além de cobrar a lista de pacientes em espera e os prazos de regulação. Também será marcada reunião com prestadores de saúde da capital para ouvir as principais dificuldades. A instituição reforça seu compromisso de assegurar acompanhamento efetivo e garantir dignidade às pessoas que dependem desse atendimento.