Defensoria Pública garante validade de acordo de não persecução penal após cancelamento sem aviso

Defensoria Pública garante validade de acordo de não persecução penal após cancelamento sem aviso

Uma cidadã de Maceió conseguiu manter seu acordo de não persecução penal (ANPP), que prevê penas alternativas à prisão, mesmo depois de ele ter sido cancelado pela Justiça sem avisar a representação jurídica. A defesa foi possível graças a um recurso da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), que mostrou que o ato que cancelou o ANPP foi nulo.

Agora, ela deverá cumprir as condições combinadas no acordo, como prestar mais de 380 horas de serviços à comunidade em 12 meses, pagar multa e renunciar aos bens que foram apreendidos.

A defensora pública Marta Oliveira Lopes acionou a 16ª Vara Criminal da Capital com um agravo em execução. O juiz explicou que o ANPP não é garantido automaticamente e depende da avaliação do Ministério Público, mas que todas as garantias do processo precisam ser respeitadas. Como a mulher não foi informada sobre o cancelamento, a decisão anterior foi modificada.

A Defensoria Pública destaca que o caso mostra a importância de medidas alternativas à prisão e da proteção dos direitos. “Essa decisão assegura que os procedimentos sejam seguidos corretamente e que as penas alternativas possam ser usadas como instrumentos de justiça”, disse a defensora.