Defensoria Pública viabiliza transferência de quatro bebês com cardiopatias para tratamento fora de Alagoas

Defensoria Pública viabiliza transferência de quatro bebês com cardiopatias para tratamento fora de Alagoas

 

Um quinto recém-nascido ainda aguarda vaga, mesmo com decisão judicial favorável

 

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) conseguiu garantir, durante o mês de junho, a transferência de quatro bebês com cardiopatias congênitas internados em hospitais públicos da capital. As ações foram conduzidas pela defensora pública Manuela Carvalho de Menezes, que articulou diretamente com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e as unidades hospitalares envolvidas.

Ao todo, cinco recém-nascidos com quadros cardíacos graves estão sendo acompanhados pela instituição. Quatro deles estavam internados na Maternidade Escola Santa Mônica e um no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). As transferências permitiram o encaminhamento das crianças para centros especializados em outros estados, onde receberão o tratamento cirúrgico necessário.

“Dois dos casos conseguimos resolver apenas com diálogo e articulação administrativa, sem precisar recorrer à Justiça. Já os outros três exigiram judicialização — e, infelizmente, um desses ainda não teve a transferência efetivada, embora já exista decisão favorável”, explicou a defensora pública Manuela Menezes.

O primeiro bebê, identificado pelas iniciais K.S.S.M., foi transferido no dia 5 de junho para o Procape, em Recife. No mesmo destino, foi encaminhado o bebê S.M.C.O., que estava no Hospital Universitário. Ambos os casos foram resolvidos de forma extrajudicial, com o apoio da Sesau.

Já os pequenos B.G.L.F. e T.V.S.S. foram transferidos no dia 25 de junho para hospitais de referência em São Paulo. Um deles seguiu para o Instituto do Coração (InCor) e o outro para o Hospital de Base de São José do Rio Preto. Nessas situações, a atuação da Defensoria envolveu tanto ações judiciais quanto tratativas administrativas para garantir agilidade.

A única criança que ainda aguarda a vaga é a bebê T.A.F.S., internada na Maternidade Santa Mônica. Mesmo com uma decisão judicial determinando a transferência, ainda não foi disponibilizado leito em unidade especializada.

“Mesmo diante da judicialização, nosso diálogo com a Secretaria de Saúde tem sido constante. Durante o recesso forense, mantivemos contato direto com o secretário estadual, o que foi essencial para viabilizar quatro transferências até agora. Continuamos acompanhando de perto o caso da bebê que permanece internada e reforçando junto à Sesau a urgência de uma solução”, completou a defensora.

A atuação da Defensoria Pública em casos como esse reforça o compromisso com a garantia do direito à vida e à saúde, especialmente para pacientes em situação de alta vulnerabilidade, como os recém-nascidos com doenças cardíacas graves.