Batalha: Agricultor de 32 anos obtém primeira certidão de nascimento após atuação da Defensoria Pública

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) assegurou o direito ao registro civil de nascimento a um agricultor de 32 anos, morador do município de Batalha. O direito foi garantido por meio de uma Ação de Suprimento Judicial de Registro de Nascimento, ajuizada pela Defensora Pública Paula Canal Fávero.

De acordo com os autos, o homem nasceu em 1992, mas nunca foi registrado em cartório devido à situação de vulnerabilidade social e econômia da família. A ausência do documento impedia o acesso a direitos básicos, como a emissão de documentos pessoais (RG, CPF), dificultava o acesso à saúde e a participação em programas sociais.

Batalha: Agricultor de 32 anos obtém primeira certidão de nascimento após atuação da Defensoria Pública

Após a negativa do cartório em realizar o registro tardio sem autorização judicial, o cidadão buscou a Defensoria Pública, que ingressou com a ação, apresentando documentos e depoimentos que comprovaram a identidade do cidadão. Na sentença, o juiz reconheceu o direito ao registro civil e determinou que o cartório competente lavrasse a certidão de nascimento, garantindo o reconhecimento oficial da identidade do agricultor.

 

Conforme destacou a defensora pública, o registro civil é um instrumento fundamental para o acesso à cidadania. “A ausência de registro de nascimento impede o pleno exercício da cidadania, o acesso a direitos básicos e o reconhecimento do indivíduo como sujeito de direitos pela sociedade e pelo Estado. Por isso, a Defensoria Pública segue atuando para garantir que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham seus direitos reconhecidos e respeitados”, afirmou.

Defensoria Pública garante indenização para cadeirantes após atendimento inadequado de companhia aérea

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) obteve sentença que determina o pagamento de indenização por danos morais a três pessoas com deficiência, em razão de falhas no atendimento prestado pela companhia aérea LATAM. O processo foi ajuizado e acompanhado pelos defensores públicos Paula Canal Fávero, João Maurício de Mendonça e Kelsen Henrique Rolim dos Santos.

 

 

A sentença, proferida no último mês, reconheceu a responsabilidade da empresa com base no Código de Defesa do Consumidor, ao considerar que houve falha na prestação do serviço e ofensa à dignidade dos passageiros.

 

 

A situação ocorreu durante uma viagem realizada entre Maceió e São Paulo, em setembro de 2023, para tratamento médico. Apesar de solicitações prévias e reiteradas, a empresa não disponibilizou assentos adequados no voo de ida, obrigando os autores — todos cadeirantes com mobilidade reduzida — a viajar em condições incompatíveis com suas necessidades. No voo de volta, os assentos apropriados só foram ocupados após a gentileza de outros passageiros que cederam seus lugares.

 

 

Na petição inicial, a Defensoria argumentou que a companhia aérea deixou de adotar as providências necessárias para garantir a acessibilidade e o respeito à dignidade das pessoas com deficiência. Apontou ainda falhas na assistência durante o embarque, deslocamento e desembarque, que resultaram em constrangimento e violação de direitos fundamentais.

Defensoria Pública funcionará em regime de plantão a partir desta quarta-feira

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) funcionará em regime de plantão entre os dias 16 e 21 de abril, em virtude da Semana Santa e do feriado de Tiradentes, seguindo a programação de funcionamento do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). Durante esse período, o atendimento será voltado para casos urgentes, nas áreas cível e criminal, que demandem uma resposta imediata do Judiciário.

 

Em Maceió, no plantão cível, o atendimento será realizado das 8h às 13h30, na sede da Instituição, localizada na Avenida Fernandes Lima, no bairro Gruta de Lourdes, próximo à Equatorial Energia. Já os defensores públicos plantonistas da área criminal atuarão nos locais definidos para as audiências de custódia, caso elas ocorram de forma presencial.

 

Nos demais municípios, o plantão criminal será mantido, com a presença de defensores públicos nas audiências de custódia que vierem a ser realizadas.

 

O plantão é destinado a situações urgentes e inadiáveis, como pedidos de medida protetiva em casos de violência doméstica, liberação de corpos, busca e apreensão de menores, internações hospitalares e outras demandas que não podem esperar o retorno do expediente regular.

 

O atendimento nas unidades será retomado normalmente na terça-feira, dia 22.

Mais informações estão disponíveis no site: www.defensoria.al.def.br

AVANÇO HISTÓRICO NO CUIDADO ONCOLÓGICO EM ALAGOAS

Defensoria Publica e Sesau fazem acordo e garantem a criação de 120 leitos para pacientes com câncer em Alagoas

 

 

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) garantiu, na última semana, a criação imediata de 120 novos leitos de retaguarda para pacientes com câncer. A medida foi oficializada durante audiência na 18ª Vara da Fazenda Estadual, com a presença de representantes da Defensoria, das Secretarias de Saúde do Estado e do Município, e de hospitais que atuam no tratamento oncológico. O acordo é resultado de um pedido de cumprimento de sentença apresentado pelo Defensor Público Ricardo Antunes Melro, Coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva, e já tem força de decisão judicial.

 

 

A iniciativa busca resolver um problema crônico enfrentado por pacientes oncológicos no estado: a carência de leitos específicos, sobretudo para aqueles em cuidados paliativos, o que tem levado muitos a buscarem atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), unidade que não dispõe da estrutura necessária para esse tipo de tratamento.

 

 

Com a medida, todos os pacientes oncológicos que aguardam vagas em hospitais de referência deverão ser transferidos até a próxima terça-feira, 15. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), pelo menos 24 pessoas estão atualmente internadas de forma inadequada no HGE e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

 

 

A decisão ainda estabelece que Estado e Município devem apresentar, no prazo de 90 dias, um plano estadual de oncologia. O documento deverá conter prazos e critérios claros de regulação para garantir a continuidade do atendimento adequado e evitar novas internações indevidas em unidades como o HGE e as UPAs.

 

 

Do total de novos leitos, 100 funcionarão no Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe, sendo 69 para adultos (20 exclusivos para cuidados paliativos), 21 para oncopediatria e 10 leitos de UTI. O município de Maceió também ampliará a oferta com a abertura de 12 leitos no Hospital Universitário, contratualizado pela capital e reconhecido como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

 

 

Para Ricardo Melro, o avanço representa um marco no cuidado oncológico em Alagoas. “Quem está no HGE, está sem tratamento. Esse paciente vai ser encaminhado e vai estar em um tratamento que tem direito a ter. Celebramos muito esse passo. Sem dúvidas, é uma vitória para os que mais precisam. Essa é uma ação civil pública que iniciamos em 2013. O direito é luta”, afirmou.

Maravilha: Obras da rodovia AL-135 são retomadas após atuação da Defensoria Pública

Conforme a sentença, proferida nesta quinta-feira, 10, os trabalhos devem ser finalizados no prazo de 60 dias

 

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) obteve decisão definitiva da Justiça que garante a retomada e conclusão das obras de pavimentação e drenagem pluvial da rodovia AL-135, no município de Maravilha. A via, que liga a cidade à BR-316, encontrava-se em estado precário, o que prejudicava o acesso da população a direitos básicos como saúde, educação e segurança.

 

Conforme a sentença, proferida na última quinta-feira, 10, os trabalhos devem ser finalizados no prazo de 60 dias. Além disso, os entes públicos deverão apresentar um cronograma detalhado da obra em até 10 dias e enviar relatórios quinzenais informando o andamento dos serviços.

 

As irregularidades na rodovia foram constatadas pela Defensora Pública Vanessa Santana Ferreira há cerca de um ano. Inicialmente, ela oficiou o Estado de Alagoas e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/AL), solicitando providências, mas não obteve resposta. Após esgotar as tentativas administrativas, a Instituição ajuizou uma Ação Civil Pública em agosto de 2024, e o pedido liminar foi deferido ainda no mesmo mês.

 

Apesar do início das obras, os serviços foram interrompidos em dezembro, sob a justificativa do Estado de que seria necessário realocar recursos para dar continuidade à execução.

 

A Defensoria Pública segue acompanhando de perto o cumprimento da decisão judicial, a fim de assegurar que os prazos sejam respeitados e que a população de Maravilha tenha garantido o direito à mobilidade com segurança e dignidade.